Os dons do Espírito Santo são sete, sendo eles:
1. Temor de Deus;
2. Fortaleza ou Coragem;
3. Piedade;
4. Conselho ou Prudência;
5. Ciência ou Conhecimento;
6. Entendimento ou Inteligência; e
7. Sabedoria.
Vejamos cada um deles:
1. TEMOR DE DEUS:
Existem vários tipos de temores: temor das coisas do mundo, temor em servir a Deus e o temor filial a Deus
“Santa Tereza de Ávila escreveu em seu livro Caminho da Perfeição: Pelo amor de Deus, se vocês quiserem adquirir o temor de Deus, prestem atenção no que lhes digo. É preciso compreender a suma gravidade das ofensas a Deus. Temos de estar sempre atentos a essas considerações. Devemos encher nossas almas com o santo temor de Deus. É uma questão de vida ou de morte. Enquanto vocês não se abrirem a esse dom, tenham sempre muito cuidado. Afastem-se das ocasiões e das companhias que não as auxiliam a ir para o Senhor. Fujam de conversas que não sejam de Deus. É preciso empenhar-se para ter na alma o temor de Deus, o que se consegue rapidamente quando há um verdadeiro amor de Deus. É bom saber que haverá algumas quedas, devido nossa fraqueza. Não podemos confiar em nós mesmos, mas somente em Deus há de vir nossa confiança. Quando temos em nossa alma a resolução firme de nunca ofender a Deus, estamos no bom caminho.
2. FORTALEZA:
A fortaleza “é um dom de santificação que, imprime na alma um impulso, que lhe permite suportar as maiores dificuldades e tribulações e praticar, se necessário, atos sobrenaturais heróicos” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 37). Este dom aperfeiçoa a virtude da fortaleza. (cf. IICor 11,24-28; At 5,40-41).
Santo Inácio de Antioquia foi perseguido pelos romanos e jogados ás feras para ser devorado. Os cristãos queriam que ele fosse poupado e tentaram interceder junto às autoridades. Ele porém lhes escreveu: “Pelo que me toca, escrevo a todas as igrejas e a todas esclareço que estou disposto a morrer de boa vontade por Deus, e peço-lhes que não impeçais. Eu vos suplico, não mostreis para comigo uma caridade inoportuna. Permiti-me ser pasto das feras, pelas quais me é possível alcançar a Deus... E pelos dentes dos leões devo ser moído, a fim de ser apresentado como pão a Cristo. Antes excitar as feras, para que se convertam em meu sepulcro e não deixem rastro do meu corpo... então serei verdadeiro discípulo de Jesus Cristo.”
Além dos santos, também temos visto atos heróicos de fortaleza no nosso dia-a-dia: viúvas que conseguiram criar seus filhos e instruí-los na fé; pessoas com deficiência física que não desistem, mas conseguem vencer os limites da doença; pessoas que são profundamente feridas, rejeitadas, maltratadas que conseguem perdoar quem lhes causou tanto mal. Podemos dizer que estas pessoas estão cheias da fortaleza dada por Deus.
3. PIEDADE:
A piedade “é um dom de santificação que produz em nós uma afeição filial para com Deus, adorando-o com amor sobrenatural e santo ardor, e uma terna afeição para com as pessoas e para com as coisas divinas.” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 41).
Ele aperfeiçoa a virtude da justiça. A justiça se traduz dar ao outro (Deus e o próximo) aquilo que lhe pertence. Pelo dom da piedade damos ao outro tudo o que podemos dar sem medida.
Santa Gertrudes, monja beneditina, era dócil, bondosa para com suas irmãs. Bastava alguém se aproximar dela para sentir a presença do amor divino. Nada queria para si. Recusava louvores e elogios Tudo abandonava quando solicitada por uma irmã aflita. Sacrificava de boa vontade o repouso e momentos de recolhimento para dedicar-se às irmãs que sofriam.
Diante do exemplo de Santa Gertrudes, podemos ver, que muitas vezes também damos testemunhos de piedade: quando sacrificamos nossa vida para visitar alguém doente; quando deixamos de comprar algo para nós e compramos para alguém que está necessitado; quando deixamos de satisfazer nossos desejos para que os de outra pessoa sejam satisfeitos; quando priorizamos na nossa vida um momento de diálogo com Deus (de meditação; de oração) em relação às coisas que fazemos durante o dia; quando, mesmo nos momentos difíceis; de provação e de tribulação, louvamos e agradecemos a Deus por aquilo que Ele é, faz e já fez em nossas vidas. Essas são situações em que estaríamos nos abrindo ao dom da piedade.
4 – CONSELHO:
O dom do conselho “é um dom de santificação que nos faz viver sob a orientação do Espírito Santo... faz-nos saber pronta e seguramente o que convém dizer e o que convém fazer, nas diversas circunstâncias de nossa vida.” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 51).
“Este dom aperfeiçoa a virtude da prudência. Enquanto a virtude da prudência baseia-se na reta razão, no reto raciocínio. O dom do conselho baseia-se na razão de Deus, sempre reta, ou seja, Deus nos dando o dom do conselho, nos orientando a agir de maneira certa, nos dando o conhecimento certo do que fazer. Ele nos orienta instantaneamente de forma perfeita. (cf. Mt 10,19-20; Mt 24,45-46).” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 51-52).
5 – CIÊNCIA:
É um dom de santificação que nos faz conhecer as coisas criadas nas suas relações com o Criador. “por isso os fiéis devem reconhecer a natureza intima de toda a criatura, seu valor e sua ordenação ao louvar a Deus. E mesmo através das obras seculares devem ajudar-se a si mesmos para uma vida mais santa.”(Concilio Ecumenico Vaticanos II, Lumen Gentium, n.36).
O dom da Ciência não é o dom de conhecimentos humanos adquiridos com o ensino, com a leitura, nem o conhecimento que as ciências naturais nos trazem, ou de outras fontes do conhecimento. Poderíamos dizer que quando recebemos do Espírito Santo o dom da ciência, recebemos a “ciência dos santos”.
São Francisco de Assis conseguiu ver o verdadeiro valor das coisas diante de Deus. Deixou toda a sua fortuna acreditando que aquilo não passava de vaidades. Viveu na pobreza, libertando-se de tudo que o prendia na terra. Relacionava-se com a natureza como sua irmã sentia-se irmão de todas as coisas criadas. Recebeu os estigmas de Jesus no seu corpo e acreditava na via de santificação pelo sofrimento e pela humilhação.
6 – ENTENDIMENTO OU INTELIGÊNCIA:
O entendimento “é um dom de santificação que nos dá uma compreensão profunda das verdades reveladas, sem contudo nos revelar seu mistério. Participando da luz da inteligência divina, com razão o homem se julga superior, por sua inteligência, à universalidade das coisas.
Esse dom faz-nos ver que é divino sob a aparência do que é natural (ex.: milagres de Lanciano; compreende-se o sentido das Escrituras; constata-se a graça de Deus nos sacramentos; passamos a conhecer profundamente e a reconhecer a profundidade de nossa miséria” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 61-62).
7 – SABEDORIA:
A sabedoria é um dom de santificação que nos faz melhor entender nossa vida sobrenatural e nos faz saborear esse entendimento. Pelo dom da sabedoria, apreciamos, saboreamos, gostamos de tudo o que Deus fez, faz e fará por nós, e ao mesmo tempo, fazemos o que é bom, ou seja amamos a Deus e ao próximo.
A Sabedoria humana é limitada e falha e é diferente do dom de sabedoria, porque ele é dado pelo Espírito Santo de Deus. O dom da Sabedoria fortalece em nós as virtudes infusas e todos os outros dons de santificação. (cf. Ef 1,3-8; Tg 3,13-18; ICor 3,18-19) ou melhor, o dom da Sabedoria relaciona entre si todos os dons de santificação e os coordena.
Para finalizar deixamos aqui a letra da música "A nós descei divina luz"
Coro: A nós descei, divina luz! (bis) Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus, o amor, o amor de Jesus.
1. Vinde, Santo Espírito e do céu mandai luminoso raio, luminoso raio! Vinde, Pai dos pobres, doador dos dons, luz dos corações, luz dos corações! Grande defensor, em nós habitai, e nos confortai, e nos confortai! Na fadiga pouso, no ardor brandura, e na dor ternura, e na dor ternura!
2. Ó luz venturosa, divinais clarões, encham os corações, encham os corações! Sem um tal poder, em qualquer vivente nada há de inocente, nada há de inocente! Lavai o impuro e regai o seco, sarai o enfermo, sarai o enfermo! Dobrai a dureza, aquecei o frio, livrai do desvio, livrai do desvio!
3. Aos fiéis que oram com vibrantes sons, dai os sete dons, dai os sete dons! Dai virtude e prêmio e no fim dos dias eterna alegria, eterna alegria! Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
1. Temor de Deus;
2. Fortaleza ou Coragem;
3. Piedade;
4. Conselho ou Prudência;
5. Ciência ou Conhecimento;
6. Entendimento ou Inteligência; e
7. Sabedoria.
Vejamos cada um deles:
1. TEMOR DE DEUS:
Existem vários tipos de temores: temor das coisas do mundo, temor em servir a Deus e o temor filial a Deus
“Santa Tereza de Ávila escreveu em seu livro Caminho da Perfeição: Pelo amor de Deus, se vocês quiserem adquirir o temor de Deus, prestem atenção no que lhes digo. É preciso compreender a suma gravidade das ofensas a Deus. Temos de estar sempre atentos a essas considerações. Devemos encher nossas almas com o santo temor de Deus. É uma questão de vida ou de morte. Enquanto vocês não se abrirem a esse dom, tenham sempre muito cuidado. Afastem-se das ocasiões e das companhias que não as auxiliam a ir para o Senhor. Fujam de conversas que não sejam de Deus. É preciso empenhar-se para ter na alma o temor de Deus, o que se consegue rapidamente quando há um verdadeiro amor de Deus. É bom saber que haverá algumas quedas, devido nossa fraqueza. Não podemos confiar em nós mesmos, mas somente em Deus há de vir nossa confiança. Quando temos em nossa alma a resolução firme de nunca ofender a Deus, estamos no bom caminho.
2. FORTALEZA:
A fortaleza “é um dom de santificação que, imprime na alma um impulso, que lhe permite suportar as maiores dificuldades e tribulações e praticar, se necessário, atos sobrenaturais heróicos” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 37). Este dom aperfeiçoa a virtude da fortaleza. (cf. IICor 11,24-28; At 5,40-41).
Santo Inácio de Antioquia foi perseguido pelos romanos e jogados ás feras para ser devorado. Os cristãos queriam que ele fosse poupado e tentaram interceder junto às autoridades. Ele porém lhes escreveu: “Pelo que me toca, escrevo a todas as igrejas e a todas esclareço que estou disposto a morrer de boa vontade por Deus, e peço-lhes que não impeçais. Eu vos suplico, não mostreis para comigo uma caridade inoportuna. Permiti-me ser pasto das feras, pelas quais me é possível alcançar a Deus... E pelos dentes dos leões devo ser moído, a fim de ser apresentado como pão a Cristo. Antes excitar as feras, para que se convertam em meu sepulcro e não deixem rastro do meu corpo... então serei verdadeiro discípulo de Jesus Cristo.”
Além dos santos, também temos visto atos heróicos de fortaleza no nosso dia-a-dia: viúvas que conseguiram criar seus filhos e instruí-los na fé; pessoas com deficiência física que não desistem, mas conseguem vencer os limites da doença; pessoas que são profundamente feridas, rejeitadas, maltratadas que conseguem perdoar quem lhes causou tanto mal. Podemos dizer que estas pessoas estão cheias da fortaleza dada por Deus.
3. PIEDADE:
A piedade “é um dom de santificação que produz em nós uma afeição filial para com Deus, adorando-o com amor sobrenatural e santo ardor, e uma terna afeição para com as pessoas e para com as coisas divinas.” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 41).
Ele aperfeiçoa a virtude da justiça. A justiça se traduz dar ao outro (Deus e o próximo) aquilo que lhe pertence. Pelo dom da piedade damos ao outro tudo o que podemos dar sem medida.
Santa Gertrudes, monja beneditina, era dócil, bondosa para com suas irmãs. Bastava alguém se aproximar dela para sentir a presença do amor divino. Nada queria para si. Recusava louvores e elogios Tudo abandonava quando solicitada por uma irmã aflita. Sacrificava de boa vontade o repouso e momentos de recolhimento para dedicar-se às irmãs que sofriam.
Diante do exemplo de Santa Gertrudes, podemos ver, que muitas vezes também damos testemunhos de piedade: quando sacrificamos nossa vida para visitar alguém doente; quando deixamos de comprar algo para nós e compramos para alguém que está necessitado; quando deixamos de satisfazer nossos desejos para que os de outra pessoa sejam satisfeitos; quando priorizamos na nossa vida um momento de diálogo com Deus (de meditação; de oração) em relação às coisas que fazemos durante o dia; quando, mesmo nos momentos difíceis; de provação e de tribulação, louvamos e agradecemos a Deus por aquilo que Ele é, faz e já fez em nossas vidas. Essas são situações em que estaríamos nos abrindo ao dom da piedade.
4 – CONSELHO:
O dom do conselho “é um dom de santificação que nos faz viver sob a orientação do Espírito Santo... faz-nos saber pronta e seguramente o que convém dizer e o que convém fazer, nas diversas circunstâncias de nossa vida.” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 51).
“Este dom aperfeiçoa a virtude da prudência. Enquanto a virtude da prudência baseia-se na reta razão, no reto raciocínio. O dom do conselho baseia-se na razão de Deus, sempre reta, ou seja, Deus nos dando o dom do conselho, nos orientando a agir de maneira certa, nos dando o conhecimento certo do que fazer. Ele nos orienta instantaneamente de forma perfeita. (cf. Mt 10,19-20; Mt 24,45-46).” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 51-52).
5 – CIÊNCIA:
É um dom de santificação que nos faz conhecer as coisas criadas nas suas relações com o Criador. “por isso os fiéis devem reconhecer a natureza intima de toda a criatura, seu valor e sua ordenação ao louvar a Deus. E mesmo através das obras seculares devem ajudar-se a si mesmos para uma vida mais santa.”(Concilio Ecumenico Vaticanos II, Lumen Gentium, n.36).
O dom da Ciência não é o dom de conhecimentos humanos adquiridos com o ensino, com a leitura, nem o conhecimento que as ciências naturais nos trazem, ou de outras fontes do conhecimento. Poderíamos dizer que quando recebemos do Espírito Santo o dom da ciência, recebemos a “ciência dos santos”.
São Francisco de Assis conseguiu ver o verdadeiro valor das coisas diante de Deus. Deixou toda a sua fortuna acreditando que aquilo não passava de vaidades. Viveu na pobreza, libertando-se de tudo que o prendia na terra. Relacionava-se com a natureza como sua irmã sentia-se irmão de todas as coisas criadas. Recebeu os estigmas de Jesus no seu corpo e acreditava na via de santificação pelo sofrimento e pela humilhação.
6 – ENTENDIMENTO OU INTELIGÊNCIA:
O entendimento “é um dom de santificação que nos dá uma compreensão profunda das verdades reveladas, sem contudo nos revelar seu mistério. Participando da luz da inteligência divina, com razão o homem se julga superior, por sua inteligência, à universalidade das coisas.
Esse dom faz-nos ver que é divino sob a aparência do que é natural (ex.: milagres de Lanciano; compreende-se o sentido das Escrituras; constata-se a graça de Deus nos sacramentos; passamos a conhecer profundamente e a reconhecer a profundidade de nossa miséria” (Cf. Luciana Amaral, Os dons de santificação do Espírito, p. 61-62).
7 – SABEDORIA:
A sabedoria é um dom de santificação que nos faz melhor entender nossa vida sobrenatural e nos faz saborear esse entendimento. Pelo dom da sabedoria, apreciamos, saboreamos, gostamos de tudo o que Deus fez, faz e fará por nós, e ao mesmo tempo, fazemos o que é bom, ou seja amamos a Deus e ao próximo.
A Sabedoria humana é limitada e falha e é diferente do dom de sabedoria, porque ele é dado pelo Espírito Santo de Deus. O dom da Sabedoria fortalece em nós as virtudes infusas e todos os outros dons de santificação. (cf. Ef 1,3-8; Tg 3,13-18; ICor 3,18-19) ou melhor, o dom da Sabedoria relaciona entre si todos os dons de santificação e os coordena.
Para finalizar deixamos aqui a letra da música "A nós descei divina luz"
Coro: A nós descei, divina luz! (bis) Em nossas almas acendei o amor, o amor de Jesus, o amor, o amor de Jesus.
1. Vinde, Santo Espírito e do céu mandai luminoso raio, luminoso raio! Vinde, Pai dos pobres, doador dos dons, luz dos corações, luz dos corações! Grande defensor, em nós habitai, e nos confortai, e nos confortai! Na fadiga pouso, no ardor brandura, e na dor ternura, e na dor ternura!
2. Ó luz venturosa, divinais clarões, encham os corações, encham os corações! Sem um tal poder, em qualquer vivente nada há de inocente, nada há de inocente! Lavai o impuro e regai o seco, sarai o enfermo, sarai o enfermo! Dobrai a dureza, aquecei o frio, livrai do desvio, livrai do desvio!
3. Aos fiéis que oram com vibrantes sons, dai os sete dons, dai os sete dons! Dai virtude e prêmio e no fim dos dias eterna alegria, eterna alegria! Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
Alex Borges
Participação do Grupo Anuncia-me em colaboração
ao aprendizado do Grupo Ágape
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