Na carta de Paulo aos cristãos de Corinto, uma palavra rija e convincente como costuma ser a do grande Apóstolo: se alguém quiser construir sua vida, não há outro alicerce a colocar senão o que já foi colocado: Cristo Jesus (cf. 1Cor 3,10). Ele sabia bem o que dizia, este Paulo. Adolescente, ele havia perseguido a sua Igreja. Mas houve na estrada de Damasco, um belo dia, aquele encontro inesperado com o mesmo Jesus. E é o testemunho da própria vida que o fez dizer: Não há outro fundamento possível. É urgente colocar Jesus como alicerce da existência.
E, no Evangelho de São Mateus, a página que ninguém relê sem emoção. “Quem é que os outros dizem que eu sou?”, pergunta Jesus aos Apóstolos. E depois que eles transmitem uma série de opiniões, a pergunta de fundo: “Mas, para vocês, quem sou eu?”. Nós todos conhecemos este momento, no qual já não basta falar de Jesus repetindo o que outros disseram, é forçoso dizer o que você pensa, já não basta recitar uma opinião, é preciso der um testemunho, sentir-se comprometido pelo testemunho dado e depois ir até os extremos das exigências desse compromisso. Os melhores amigos, seguidores, apóstolos de Cristo foram sempre aqueles que perceberam um dia dentro de si, a pergunta definitiva, incontornável, diante da qual todas as outras se tornam secundarias e derivativas: “Para você, quem sou eu?”. A vida, o destino, a história presente e futura de um jovem, depende da resposta nítida e sincera, sem retórica nem subterfúgios, que ele puder der a esta pergunta. Ela já transformou a vida de muitos jovens.
Belo Horizonte, 01 de julho de 1980
Beato João Paulo II
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