Grupo de Jovens Ágape

devoltaaoprimeiroamor@gmail.com, Uberlândia MG, Brazil
Para o Grupo de Jovens Ágape aprender a viver uma vida em comunidade à luz dos valores cristãos, constituindo a unidade e comunhão entre o grupo é o nosso maior propósito...afinal somos mais que participantes do mesmo grupo ou simplesmente amigos... o nosso valor principal é fazer parte de uma família...a família Ágape.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Santa Missa - 28/05/11 - Paróquia Nossa Senhora do Caminho

Queridos irmãos... algumas fotos da participação do Grupo de Jovens Ágape na Santa Missa em preparação à festa de Nossa Senhora do Caminho, padroeira de nossa comunidade!!!











Um grande abraço a todos! Fiquem com Deus e que Nossa Senhora os proteja!!!

Cristou Ressusitou Aleluia!!


Paz e bem...







domingo, 29 de maio de 2011

Humildade e Esperança

Para iniciar a reflexão sobre humildade e esperança vamos analisar a letar desta música

O Que Agrada A Deus

Ziza Fernandes

O que agrada a Deus
Em minha pequena alma
É que eu ame minha pequenez
E minha pobreza

É a esperança cega
Que tenho em sua misericórdia

Humildade

O termo humildade vem de húmus, que significa Terra fértil, boa, lugar para se dar bons frutos. Pessoa humilde está sempre disposta a aprender e a deixar Deus mostrar sua divindade nela.

Esperança

Expectativa de um bem que se deseja

A partir destas definições vejamos os exemplos de pessoas que foram humildes e esperaram no Senhor:

Papa João Paulo II

As imagens de João Paulo II estão aí, exibindo o pontífice elegante e forte, que em 1978 assumia o trono de Pedro e viajaria pelo mundo divulgando a fé cristã. As imagens mostram também a progressiva debilidade do papa. Acometido por várias doenças, o pontífice foi perdendo o vigor físico, mas não esmoreceu na pregação da doutrina em que acreditava. O papa atlético foi cedendo lugar ao homem fragilizado e doente, que mesmo assim não se furtava às celebrações e às viagens internacionais.

Num mundo que prioriza o vigor físico e as aparências, João Paulo II é certamente um exemplo de humildade. Encurvado, trêmulo, em consequência do mal de Parkinson, e com a fala arrastada, ele – que se comunicava em vários idiomas – não declinou jamais da missão pública de pregar o evangelho ao mundo.

Chamou para si a responsabilidade intransferível de dirigir a Igreja, quando muitos achavam que devia renunciar. E não se escondeu da humanidade. O mundo, que conheceu João Paulo II jovial e forte, condoeu-se da dor do papa e com ela certamente aprendeu. Aprendeu uma lição de fé, de resignação e de amor ao semelhante. Já quase em agonia, João Paulo foi à janela de seus aposentos, abençoou seu povo e com ele tentou se comunicar, mesmo dilacerado pelo sofrimento, coroando seu pontificado com a marca da humildade, o maior legado do Cristo. Nesse sentido, ele já era um homem santo.

(Walter Rossignoli)

Santo Padre Pio

Frases de Santo Padre Pio:

- "Quanto mais te deixares enraizar na santa humildade, tanto mais íntima será a comunicação da tua alma com Deus".(Padre Pio)

- O Senhor se comunica conosco à medida que nos libertamos do nosso apego aos sentidos, que sacrificamos nossa vontade própria e que edificamos nossa vida na humildade. (Padre Pio)

- No dia 20 de Fevereiro de 1971, apenas três anos depois da morte do Padre Pio, Paulo VI, dirigindo-se aos Superiores da Ordem dos Capuchinhos, disse dele: «Olhai a fama que alcançou, quantos devotos do mundo inteiro se reúnem ao seu redor! Mas porquê? Por ser talvez um filósofo? Por ser um sábio? Por ter muitos meios à sua disposição? Não! Porque celebrava a Missa humildemente, confessava de manhã até à noite e era – como dizê-lo?! – a imagem impressa dos estigmas de Nosso Senhor. Era um homem de oração e de sofrimento».

Nossa Senhora

Na sua humildade, Maria se coloca sempre pequena. Por isso, Deus a fez grande. Realizou nela maravilhas. Ela é a pobre do Senhor. E porque assim se fez, o Senhor olhou para sua pequenez, para sua humildade e nela fez maravilhas.É muito comum as pessoas confundirem eficácia com altivez, orgulho e auto-suficiência. Isso é do mundo. É daquele que é o soberbo, o orgulhoso. Para ele é assim. Mas, para Deus não! Aprenda, com a pequena imagem de Nossa Senhora Aparecida, a sua eficácia. Não houve no mundo eficácia como a de Maria. Ela deu ao mundo o Salvador. Ela trouxe a salvação a toda humanidade.

Maria tudo realizou na humildade. Não encontramos na Bíblia alguém mais pobre e humilde de coração. Justamente porque foi a mais pobre, a mais humilde, a mais simples; é que Deus fez dela a maior maravilha: o ponto de ligação entre a terra e o céu.
Humildade não é sinônimo de ineficiência. As pessoas pensam que os humildes são ineficientes. Não! Os orgulhosos, os vaidosos, os auto-suficientes fazem estardalhaço, mas são iguais ao bumbo, que emite som alto e é oco por dentro. O segredo da eficácia está na humildade. Você conhece alguém mais eficaz do que Maria? Ela trouxe o Salvador e a salvação a este mundo: a essência. Portanto, nós é que precisamos aprender essa eficácia com Maria.

(Monsenhor Jonas Abib é fundador da Canção Nova (www.cancaonova.com))

Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança. Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá. (Sl 36, 3-5)

Renata Sol
Grupo de Jovens Ágape
De volta ao primeiro amor

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A verdadeira caridade

O madeiro

Todos os homens têm uma vocação comum. O Papa Beato João Paulo II escreveu no Catecismo da Igreja Católica que o ser humano como um todo tem a capacidade de Conhecer e Amar a Deus.

O madeiro onde Cristo foi crucificado possui um rico simbolismo de equilíbrio, mas não de igualdade. Jesus foi crucificado numa cruz. A cruz é um simbolismo teológico. Há o madeiro horizontal e o madeiro vertical.

O madeiro horizontal aponta para a terra, para os seres humanos. Assim, os seres humanos foram salvos pelo sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só o sacrifício infinito do homem-Deus, Cristo Jesus, pode livrar o homem da culpa infinita dos pecados do egoísmo, do orgulho e da desobediência à Deus.

Há também que se ver o madeiro vertical, que aponta para os céus. Esse madeiro aponta para Deus e isso implica que o Sacrifício de Jesus é válido para nos levar a amar a Deus sobre todas as coisas. Amar a Deus como Ele nos ama, de forma incondicional e perfeita, a ponto de dar a vida por amor.

Assim vemos que o amor a Deus é o bem supremo do ser humano e só depois de amá-Lo sobre todas as coisas, podemos dizer que amaremos ao próximo. É bom ver que Jesus mesmo pede “amai a Deus sobre todas as coisas” para depois pedir “amai ao próximo como a si mesmo”. Se não há amor a Deus, não há verdadeira caridade. Só a verdadeira experiência com Deus renova e nos faz amar plenamente, a Deus e ao próximo.

Essa experiência ocorre na Eucaristia, na Oração do Santo Terço e na recepção dos demais sacramentos à medida que almejamos as coisas do alto. Entretanto, olhar apenas para o madeiro vertical nos faz hipócritas, como os fariseus que por sua vez faziam coisas terríveis justificando o culto a Deus.

O jovem rico

A parábola do jovem rico é narrada nos três Evangelhos Sinóticos. Todavia, talvez nenhum deles narre essa passagem de forma tão plena como o Evangelho de São Marcos. Diz a tradição que São Marcos começou a seguir a Jesus com 14 anos de idade, mas ele não foi um dos apóstolos. Os olhos curiosos de São Marcos narraram então em Mc 10, 17-25 uma das mais belas e mais confusas passagens do Evangelho.

Notamos que o jovem se aproxima chamando Jesus de bom e pergunta o que é necessário para alcançar a salvação. O Bom Mestre então pergunta: Porque me chamas bom? E diz que só Deus é bom! Assim somos tentados a pensar que Jesus disse que Ele não é Deus. Todavia, seguindo o texto, vemos que Jesus diz ao jovem quais coisas são necessárias para se chegar ao Reino dos Céus. Jesus então diz vários mandamentos, mas não cita o principal: Amar a Deus sobre todas as coisas!

Se o jovem rico de fato amasse a Deus, Ele teria dito que chamava Jesus de bom porque Jesus é Deus, mas ele não fez isso. Jesus ainda dá outra chance ao Jovem dizendo a ele que ame ao próximo a ponto de doar todas as coisas para seguir a Deus, mas ele não quer. Por isso vemos que nem sempre as pessoas que dizem amar a Deus o amam de fato, pois o profundo amor a Deus transforma e faz com que as pessoas sejam caridosas.

I Coríntios 13, 1-8a; 13.

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor .Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais acabará. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.”

Vemos então que a caridade é diferente da doação de bens, por isso Jesus testa a fé do Jovem rico olhando se ele é capaz de doar tudo aos pobres para segui-lo, mas o jovem rico mostra que não quando deposita sua confiança em seus bens e não em Deus. Santa Catarina de Sena distingue a caridade perfeita da caridade imperfeita. Para ela, a caridade perfeita é a que Jesus pede ao jovem rico, deixar tudo por amor a Deus, mas há a caridade imperfeita, de quem quer o bem do irmão porque sabe que Deus o ama, mas nem por isso doa todos os bens para seguir a Deus.

Portanto, não adianta o mundo querer fazer boas obras, pois será inútil. Enquanto o homem não aprender a amar à Deus, ele não vai entender que o próximo é irmão e que por isso devemos todos amar uns aos outros.

Poema de Madre Tereza

Sobre a caridade devemos ver o que fez certa mulher. Existiu uma mulher em certo tempo que vivia pobremente. Ela viajava pelo mundo pregando o Evangelho pelo exemplo e era de fato, um exemplo de caridade perfeita. Não raras as vezes pessoas comovidas pagaram passagens para ela junto à primeira classe e ela, com toda pobreza e simplicidade, colocava suas coisinhas em uma caixa de sapatos e seguia viagem com aquela bagagem sutil perto de todas as bagagens mais sofisticadas que haviam. Essa mulher é Madre Tereza de Caucutá que escreveu um texto que diz:


A inteligência sem amor te faz perverso,

A justiça sem amor te faz implacável,

A diplomacia sem amor te faz hipócrita,

O êxito sem amor te faz arrogante,

A riqueza sem amor te faz avaro,

A docilidade sem amor te faz servil,

A pobreza sem amor te faz orgulhoso,

A beleza sem amor te faz ridículo,

A autoridade sem amor te faz tirano,

O trabalho sem amor te faz escravo,

A simplicidade sem amor te deprecia,

A oração sem amor te faz introvertido,

A lei sem amor te escraviza,

A política sem amor te deixa egoísta,

A fé sem amor te deixa fanático,

A cruz sem amor se converte em tortura,

A vida sem amor não tem sentido...


In Caritas Christi


Eduardo Moreira

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A violência e os cristãos

Há algum tempo, vimos a notícia do assassinato de um travesti, ocorrido na Paraíba, por um grupo de jovens. E volta à tona a questão do preconceito e da violência contra os homossexuais. E nós, cristãos, qual a posição que assumimos nessa conjuntura de violência e banalização do crime?

Em primeiro lugar, devemos deixar claro que repudiamos veementemente a violência. Nós não estamos de acordo com qualquer tipo de atentado, físico ou moral, seja por que motivo for: ideológico, religioso ou simplesmente por maldade. Todas as pessoas, estejam em que estado estiverem, devem ser respeitadas, pois são seres humanos. Não estou falando somente dos homossexuais, mas de todos, principalmente dos que são mais discriminados. Devemos nos lembrar das palavras do Senhor que disse que quando fazemos o bem a esses pequeninos, é a Ele que o fazemos, e quando lhes fazemos mal, é a Ele mesmo que estamos maltratando e matando.

Isso é importante frisar, pois mais e mais as discussões giram em volta da palavra preconceito. Porém, estão misturadas nessa palavra muitas noções que precisam ser esclarecidas, e que não são compatíveis com o que seja violência, que é o verdadeiro critério para distinguir o preconceito. Pois o crime é este: a violência, que fere não apenas as vítimas sociais, mas todos nós. Todo tipo de violência deve ser execrado e combatido.

No entanto, existe uma distinção profunda entre violência e verdade. Como disse, nós cristãos não aceitamos nenhum tipo de atentado contra o outro. Mas não podemos deixar também de denunciar comportamentos morais que, apesar de não parecer, estão profundamente relacionados com o crescimento da violência. Nós sabemos que a causa de toda violência é a ausência de Deus. Nossa sociedade secularizada procura apenas causas sociais e racionais para as nossas mazelas, mas nenhuma dessas explicações sozinhas resolveu os problemas. Porém, nós sabemos que as causas são, antes de tudo, morais e éticas, e nós, como profetas consagrados no nosso batismo, não podemos nos furtar de apontar para as verdadeiras soluções dos problemas sociais.

Não podemos deixar de denunciar que as práticas sexuais desenfreadas são uma das causas desse males. Porque quando começamos a pensar que não há regras na vida, seja em qualquer campo humano, então tudo começa a perder o seu valor, inclusive o outro. Começa a vigorar a lei do meu querer, e o outro passa a ser relativo a esse valor absoluto do eu. O que aconteceu na Paraíba demonstra isso: os jovens, horas antes, tinham contratado o serviço do travesti, e assassinaram-no porque acharam que ele os tinha roubado. Todos os envolvidos tiveram culpa, pois feriram princípios humanos básicos, como o respeito ao próprio corpo, à propriedade alheia, à vida do outro. Tudo contra os mandamentos de Deus.

A palavra chave aqui é respeito. E respeito não significa calar quanto ao que está errado em nome de um suposto preconceito, pois este deve ser visto em relação à violência, não em relação à aceitação de práticas que são em si mesmas violentas. Pois podemos cometer violência contra nós mesmos, e, sendo o liberalismo sexual uma violência também, devemos denunciá-la, pois, como disse, somos contra todo tipo de violência. Não se trata de condenar os homossexuais, mas sim de defendê-los, em sua dignidade e humanidade, contra o que pode destruir a vida de todo ser humano.

Por Ney César

Grupo de Jovens Ágape

De volta ao primeiro amor

quinta-feira, 12 de maio de 2011

HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II AOS JOVENS DO BRASIL - 1980




Na carta de Paulo aos cristãos de Corinto, uma palavra rija e convincente como costuma ser a do grande Apóstolo: se alguém quiser construir sua vida, não há outro alicerce a colocar senão o que já foi colocado: Cristo Jesus (cf. 1Cor 3,10). Ele sabia bem o que dizia, este Paulo. Adolescente, ele havia perseguido a sua Igreja. Mas houve na estrada de Damasco, um belo dia, aquele encontro inesperado com o mesmo Jesus. E é o testemunho da própria vida que o fez dizer: Não há outro fundamento possível. É urgente colocar Jesus como alicerce da existência.



E, no Evangelho de São Mateus, a página que ninguém relê sem emoção. “Quem é que os outros dizem que eu sou?”, pergunta Jesus aos Apóstolos. E depois que eles transmitem uma série de opiniões, a pergunta de fundo: “Mas, para vocês, quem sou eu?”. Nós todos conhecemos este momento, no qual já não basta falar de Jesus repetindo o que outros disseram, é forçoso dizer o que você pensa, já não basta recitar uma opinião, é preciso der um testemunho, sentir-se comprometido pelo testemunho dado e depois ir até os extremos das exigências desse compromisso. Os melhores amigos, seguidores, apóstolos de Cristo foram sempre aqueles que perceberam um dia dentro de si, a pergunta definitiva, incontornável, diante da qual todas as outras se tornam secundarias e derivativas: “Para você, quem sou eu?”. A vida, o destino, a história presente e futura de um jovem, depende da resposta nítida e sincera, sem retórica nem subterfúgios, que ele puder der a esta pergunta. Ela já transformou a vida de muitos jovens.





Belo Horizonte, 01 de julho de 1980



Beato João Paulo II