“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo” (Jo 14, 12). Cristo ao deixar-nos esse mandamento resumiu toda nossa missão. Cristo nos amou, pois estava em comunhão com o Pai, porque amava ao Pai. E por nos amar, deu sua vida em remissão dos nossos pecados. O amor pressupõe doação, como Cristo se doou na cruz. Amar também pressupõe perdoar, pois “o amor tudo perdoa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Cor 13, 7). O perdão é tão necessário para nossas vidas que Jesus nos disse para perdoarmos sempre e avisou “se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará os vossos pecados.” (Mt 6, 14-15). São Paulo na carta aos Efésios nos recomenda “perdoai-vos uns aos outros, como Deus também vos perdoou em Cristo” (Ef 4, 32b). Mas por que o perdão é tão importante em nossas vidas?
O convívio com os outros gera sempre conflitos, desavenças e ofensas. Se não formos capazes de perdoar ao próximo sempre, a convivência humana torna-se dolorosa e até mesmo perigosa. A mágoa gera ainda mais ofensas, mais dor e ressentimento. O perdão é o único remédio para um coração ferido pela ofensa. A falta de perdão não só impede a comunhão fraterna, como também afeta nossas vidas, nosso corpo e alma. O ressentimento, mesmo que disfarçado, é um câncer em nossas almas, que assola nossas emoções e causa até mesmo doenças.
Perdoar nem sempre é fácil, mas é o melhor caminho, a melhor opção. Temos que olhar o próximo com misericórdia, compreender que todos nós somos pecadores, que falhamos, temos nossas fraquezas e limitações. Se alguém te ofende, te prejudica, te agride... perdoe! E peça a Deus pelo arrependimento e conversão desse irmão e que Deus o perdoe, pois “ele não sabe o que faz” e, se sabe, que Deus tenha misericórdia da alma dele.
Mariana Prado Borges
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