A fé sem obras é morta

“De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?” “Mas alguém dirá: Tu tens fé e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês que há um só Deus. Fazes o bem. Também os demônios crêem e tremem”. “Assim como o corpo sem alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tg 2, 14. 18-19. 26).
A mensagem de São Tiago é bem clara, não adianta simplesmente acreditar em Deus se isso não nos leva a amar o próximo, pois o demônio também crê em Deus, crê e teme. O amor nos leva a fazer o bem, a querer ver o irmão bem. O amor nos leva ao encontro das necessidades dos irmãos. Madre Tereza de Calcutá expressou em sua vida o amor à Deus e ao próximo, ela doou sua vida inteira pelos mais necessitados.
A Igreja ao longo dos seus 21 séculos de existência sempre expressou a verdadeira caridade, inúmeros santos tiveram uma vida de doação ao próximo, inúmeras instituições de ajuda aos mais necessitados surgiram por iniciativa da Igreja, como os orfanatos, hospitais, asilos, etc. Tudo isso só ocorreu porque Cristo mudou a forma como víamos os excluídos. Ele se aproximou dos pobres, doentes, viúvas, deficientes e teve compaixão e nos deixou seu mandamento de amar uns aos outros como Ele nos amou.
É por isso que nossa fé em Deus deve nos levar ao encontro das necessidades dos irmãos, sempre! Você pode ajudar com doando seu tempo, seu carinho, palavra, escuta... ou pode ajudar materialmente, doando um pouco do que você tem para que outras pessoas possam viver melhor.
Hoje, por exemplo, você pode ajudar milhares de crianças deficientes pelo Brasil. A AACD (Associação de assistência à criança deficiente) realiza um trabalho muito importante para tornar melhorar a vida de crianças e adultos deficientes. Se você tem condições faça, sua doação ao Teleton (http://www.aacd.org.br/teleton.aspx). E ajude também a divulgar essa campanha para quem você conhece!
Mas que nossas obras não fiquem apenas em campanhas esporádicas, que todos os dias tenhamos compaixão pelos sofrimentos uns dos outros. Só assim poderemos melhorar o mundo e torná-lo mais humano e fraterno. A única revolução que pode mudar o mundo é a do AMOR!

Mariana Prado Borges

Ágape em Ação

No mês de setembro tivemos mais uma atividade do Ágape em Ação.

O grupo se reuniu para realizar uma faxina geral na Igreja São José.

Em um clima de muita amizade e partilha tivemos uma tarde dedicada à doação, ao trabalho em equipe e no estreitamento dos laços humanos.

O trabalho foi árduo, mas muito recompensador...afinal estavámos ali servindo a Deus, cuidando da nossa casa e devolvendo a Deus um pouquinho de tudo que recebemos diariamente de forma gratuita.

Com esta ação o grupo se fortifica na oração, na partilha, na doação e pode dar um passo a mais na busca pela consituição de uma família...a família Ágape.

Grupo de Jovens Ágape
De volta ao primeiro amor

Cobiça (nono e décimo mandamento da lei de Deus)

“Não cobiçarás a casa de teu próximo, não desejarás sua mulher, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma que pertença a teu próximo. (Ex 20,17)

O nono é o décimo mandamento da lei de Deus refere-se a não cobiçar a mulher/homem do próximo e não cobiçar as coisas alheias, respectivamente.

O nono mandamento pode ser definido por “Todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração.” (Mt 5,28).

Este mandamento está intimamente ligado ao sexto mandamento (não pecar contra a castidade). Para o cumprimento deste mandamento é necessário a purificação do coração, enxergando o corpo não como objeto, mas como templo do Espírito Santo.

É importante destacar que a sexualidade é uma obra da criação de Deus. O problema é o desejo desenfreado, deturpado e fora do tempo correto. Ter um relacionamento saudável, um namoro santo e um casamento fecundo com vida em família é da vontade de Deus. O erro está na falta de auto-domínio dos impulsos e desejos carnais, na vulgarização do corpo, na prática desajustada do sexo, da falta de compromisso e respeito com o próximo.

Em um contexto em que as pessoas perdem a noção de pureza e castidade e buscam apenas o prazer imediato, as coisas mundanas e a banalização do sexo. Isto pode ser visto claramente na exploração sexual de menores, na erotização precoce, nas publicações da mídia, nas letras de música muitas vezes agressivas e com palavras de baixo calão.

Na luta pela busca da pureza e contra a concupiscência carnal temos as seguintes armas: a virtude e o dom da castidade, a pureza de intenção, a pureza do olhar e a oração.

Para alcançar a pureza é necessário o pudor, o qual preserva a intimidade da pessoa e protege o mistério do amor. Convida à paciência e à moderação na relação amorosa, sendo cumprida as condições da doação e do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor preserva o silêncio e certa reserva, tornando-se discrição. O pudor inspira um modo de viver que permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.

Para alcançar este mandamento é necessário ainda a prática da temperança, a qual consiste em uma virtude moral que modera a atração pelos prazeres, assegurando o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos dentro dos limites da honestidade, ou seja, é o controle sobre nossos impulsos, apetites e desejos.

Em relação ao décimo mandamento temos por base “Onde está o teu tesouro aí estará também o teu coração.” (Mt 6,21). Proíbe a cobiça dos bens dos outros e está ligado à concupiscência dos olhos, popularmente “olho gordo”. É proibido a apropriação desmedida dos bens terrenos e a paixão imoderada das riquezas e do seu poder.

Exige banir a inveja do coração humano muitas vezes representada pela tristeza sentida diante do bem ou do progresso da vida do seu próximo. A recomendação é que vençamos o pecado da inveja e que aprendamos a nos alegrar com os progressos de nossos irmãos.

É importante que compreendamos que progredir na vida, ter sonhos e metas e lutar para alcançá-los está nos planos de Deus. Não há nada de errado em você sonhar com uma bela casa, com um carro zero ou com uma viagem para a Europa. No entanto, você deve sonhar, traçar suas metas e trabalhar dignamente para alcançá-las. O incorreto está em você invejar os progressos alcançados pelo seu semelhante e criar em seu coração o desejo de ter aquilo que pertence a outrem.

Para conseguirmos praticar estes mandamentos é necessário a busca constante da oração e da Eucaristia para nos fortalecer a não desviar do caminho e vencer a cada dia os desejos e impulsos humanos. Enfim, bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus (Mt 5,8).

Conduzido por Virginia Castro e Lucas Cândido

Grupo de Jovens Ágape

De volta ao primeiro amor