Grupo de Jovens Ágape

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Para o Grupo de Jovens Ágape aprender a viver uma vida em comunidade à luz dos valores cristãos, constituindo a unidade e comunhão entre o grupo é o nosso maior propósito...afinal somos mais que participantes do mesmo grupo ou simplesmente amigos... o nosso valor principal é fazer parte de uma família...a família Ágape.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Pai! Começa o começo...

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: – “pai, começa o começo!”.

O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos.

Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança.

Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho.
Hoje, minhas “tangerinas” são outras.

Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios.

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis……
Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta.

O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a Deus, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado.
Meu pai terreno me ensinou que Deus, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus:
“Pai, começa o começo!”. Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando ou encontraremos pela frente neste ano.
Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A intimidade com Deus

Quero partilhar com você algo sobre intimidade com Deus. Sobre a importância de poder ter um amigo, alguém íntimo, com o qual não precisamos usar máscaras e podemos contar as nossas fraquezas, e mesmo nos conhecendo a fundo não nos abandona. Mas, por mais que tenhamos alguém com o qual conversamos e o consideramos nosso melhor amigo, haverá um momento em que esse amigo não estará, e nessa hora fica de pé aquele que tem a Deus.


Intimidade quer dizer: meter, colocar algo para dentro. Ter intimidade com alguém é colocá-lo dentro do coração, intimidade com Deus e deixá-Lo nos colocar em Seu Coração e colocá-Lo dentro do nosso coração.



Eu quero ter intimidade com Deus Pai, que Ele me atraia, me guarde em Seu Coração. Para que no momento em que eu não tiver nenhum nome para chamar aqui na terra, eu possa clamar: "Pai!", e Ele estará ali para me colocar no colo.


Mas para ter intimidade com Deus há um preço. Só existe uma escola onde se aprende a ter intimidade com Deus e esse lugar é a cruz. A cada dia que passa, o caminho vai se estreitando até que só caiba você, e ali você se deparará com a cruz. E nesse momento você vai passar a ser amigo de Deus. Não dá para ter intimidade com o Senhor sendo apenas um espectador da cruz; isso só ocorrerá ao subimos nela. É nessa hora que aprendemos a ser amigos de Deus Pai. Existem caminhos e passos que nos ensinam a estar grudados no Coração do Senhor.



O primeiro passo está em Lucas 22,39-45: "Conforme o seu costume, Jesus saiu dali dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguindo dos seus discípulos. Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: 'orai para que não caiais em tentação'".


Quando Jesus tinha que tomar uma decisão, passar por um momento difícil, Ele saía de onde estava e ia a um lugar para orar. Como Ele sabia que estava chegando o momento da cruz Ele foi buscar força. E a Palavra diz que Cristo começou a entrar em agonia, e isso quer dizer que dentro d'Ele havia uma luta interior. Nessa hora a humanidade de Jesus começa a tremer, Ele estava com medo, mas queria fazer a vontade do Pai.


E naquele momento Ele faz esta linda oração: "Pai, se é do seu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua". A oração do Senhor era aquilo que estava em Seu Coração.


Se você quer ter intimidade com Deus busque a vontade d'Ele na sua vida.



Talvez o Pai queira que você busque aquela pessoa para lhe pedir perdão. Talvez você esteja numa situação em que queira jogar tudo para o alto, mas Deus lhe pede que aguente firme. Ou talvez o Senhor tenha lhe pedido que você aguente firme na sua enfermidade, dizendo-lhe: "Aceita-a, confie em mim!".


Eu não sei qual é o "cálice" que Deus lhe pede que beba no dia de hoje, mas aceite-o. Todos os dias Deus Pai nos oferece um cálice para que o bebamos. Existem dias em que o cálice é doce, e até o bebemos com gosto, mas há dias em que o Pai nos oferece um cálice amargo. Mas se ele vem das mãos do Pai, beba-o, aceite-o, pois não é veneno; o Senhor não quer o nosso mal, quer apenas nos curar.


Cálice doce é motivo de gratidão; cálice amargo é cura. Ainda que o cálice amargo venha das mãos do Pai, aceite-o, deixe Deus ser Deus em sua vida. Se você quer ter intimidade com o Senhor, aprenda a não julgar, a não matar as pessoas que lhe fazem mal dentro do seu coração.


Quem quer ter intimidade com Deus? Precisa aprender a perdoar.



(Texto extraído da pregação de dezembro de 2005)


Padre Antonio José

quarta-feira, 1 de junho de 2011

45º Dia Mundial da Comunicação - Verdade, anúncio e autenticidade de vida, na era digital

A Comissão Episcopal para a Educação, Cultura e Comunicação Social da Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB), publicou uma mensagem do Papa Bento XVI para o 45º Dia Mundial das Comunicações, que ocorrerá neste próximo domingo, dia 05 de junho, data que marcará também a solenidade da Ascensão do Senhor. Diante da ocasião, o tema escolhido pelo papa não poderia deixar de ser mais profícuo e adequado às experiências de nosso tempo: “Verdade e autenticidade de vida, na era digital.”

No desejo de partilhar suas reflexões a cerca do fenômeno da internet que tem transformado não apenas o campo das comunicações, mas, sobretudo mudanças culturais e sociais, Bento XVI propõe uma nova maneira de aprender e pensar, como inéditas oportunidades de se construir comunhão.

O papa ressalta que apesar das possibilidades oferecidas pelos novos meios nos deixarem maravilhados com perspectivas até pouco tempo impensáveis, há que se avaliar a pretensão das mensagens, bem como sua verdade, autenticidade e anúncio do Evangelho, já que, neste cenário, as informações tem deixado de ser mera troca de dados para se tornarem cada vez mais partilha.

Na ânsia humana de promover um encontro pessoal com o outro – cujo rosto de Jesus é a verdadeira busca – nas redes sociais por exemplo, corremos o risco de sermos imparciais nesta apresentação tendendo a comunicar apenas nossas conveniências. O resultado disso é a construção de uma autoimagem narcisista, vazia de autenticidade e de relacionamentos humanos reduzida a um mero “perfil público” de relações virtuais.

Diante desses novos questionamentos, Bento XVI nos lança indagações não menos desafiadoras: “Quem é o meu ‘próximo’ neste novo mundo? Existe o risco de estarmos mais distraídos, porque nossa atenção é mais fragmentada e absorvida por um mundo ‘diferente’ daquele onde vivemos? Tempos tempo para refletir criticamente sobre as nossas relações humanas que sejam verdadeiramente profundas e duradouras?”. Diz ainda que comunicar o Evangelho não significa apenas inserir conteúdos religiosos em perfis digitais, mas também testemunhá-Lo declaradamente ou não, por meio de juízos, escolhas, preferências e relações.

E para finalizar, Bento XVI afirma que a verdade que procuramos partilhar não extrai o seu valor de sua “popularidade” ou da quantidade de atenção que lhe é dada como objeto de consumo, mas muito mais em dá-la a conhecer na sua integridade do que em torná-la aceitável, é mitigando-a para que se torne alimento de resposta livre.

Agora, sendo assim, já que a net é espaço democrático muitas vezes ausente de direitos autorais, tomo emprestado o mensagem do perfil de MSN de um amigo meu: “Ninguém é tão feio como em seu RG, tão belo como em seu Orkut, tão gente fina como em seu Twitter, nem tão bom como em seu Curriculo!”, e acrescento – nem tão coerente como em seus artigos! Portanto, depois dessa, também eu preciso rever meus conceitos “perfinianos” e “autenticá-los” novamente! Enter...


Por Chrystiane Akegawa

Grupo de Jovens Ágape

De volta ao primeiro amor