Grupo de Jovens Ágape

devoltaaoprimeiroamor@gmail.com, Uberlândia MG, Brazil
Para o Grupo de Jovens Ágape aprender a viver uma vida em comunidade à luz dos valores cristãos, constituindo a unidade e comunhão entre o grupo é o nosso maior propósito...afinal somos mais que participantes do mesmo grupo ou simplesmente amigos... o nosso valor principal é fazer parte de uma família...a família Ágape.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Ficha Limpa no Brasil, aplicação criteriosa e nova mentalidade

Arcebispo do Rio de Janeiro sublinha grande contribuição da Igreja Católica
RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 17 de julho de 2010 (ZENIT.org) – Além da “aplicação criteriosa” da Lei da Ficha Limpa já nas eleições deste ano no Brasil, o importante é “a nova mentalidade que nasce com a participação do povo assinando o ‘projeto de lei popular’ e a discussão do assunto específico”, afirma o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.
A “Campanha Ficha Limpa” foi lançada nacionalmente durante a Assembleia da CNBB, em abril de 2008. Sempre com o apoio da Igreja Católica, tem o objetivo de provocar a melhoria do perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país, tornando mais rígidos os critérios de inelegibilidades, ou seja, de quem não pode se candidatar.
Dom Orani explica – em artigo enviado a ZENIT hoje – que, ao apoiar o projeto de lei de iniciativa popular, a Igreja demonstra que sua missão “não pode prescindir das questões da vida humana em todas as suas realidades”.
“Uma realidade das mais importantes na sociedade é a política. Amar o próximo é também querer um país mais justo, fraterno e solidário”, diz o bispo.
O arcebispo recorda que a lei da Ficha Limpa “veicula a proibição de concorrer a cargos eletivos candidatos condenados em primeira ou única instância ou que tiverem contra si denúncia recebida por órgão judicial colegiado pela prática de diversos crimes, como abuso de poder econômico ou político; racismo; tortura; tráfico de drogas; terrorismo (...)”, entre outros delitos graves.
A expectativa da aplicação da nova lei “é, portanto, bastante grande, sobretudo considerando-se os enormes esforços que foram empreendidos para a sua aprovação, notadamente os de nossa Igreja, cuja participação foi inquestionavelmente decisiva ao longo de todo o processo, e sem a qual o mesmo não teria chegado a bom termo”.
Dom Orani diz esperar que os eleitores “votem em homens que tenham compromisso com a causa pública. Homens de ficha limpa e compromissados com a ética pública e com a edificação de uma sociedade mais justa e com acesso à educação, saúde e renda”.
Segundo o arcebispo, deve-se observar, com o projeto Ficha Limpa, a “grande contribuição da Igreja Católica e de seus fiéis, ao nascimento de um novo cenário político nacional”.
“Está nas mãos da sociedade brasileira mais um instrumento importante para um futuro melhor para o nosso país”, afirma.
ZP10061704 - 17-06-2010Permalink: http://www.zenit.org/article-25247?l=portuguese

quinta-feira, 17 de junho de 2010


Defendendo as cruzadas: agredidos e agressores.

Um agradecimento especial ao caríssimo Sr. Frederico Viotti - Frente Universitária Lepanto, por ceder-nos esse artigo em defesa dos heróis da Santa Igreja dos tempos de outrora que mortos já não podem se defender dos ataques de pseudo-cientistas que por vezes dão à Karl Max o lugar que é de Deus. Muito obrigado.
In Domina
Eduardo Moreira.
Fonte: Frente Universitária Lepanto: www.lepanto.com.br/dados/NotCruzadas.html

Agredidos e Agressores

Sempre foi chamada "praça das Cruzadas". Há pouco mais de um ano é "praça Paulo VI". À mudança de nome do largo milanês, junto à insigne basílica de São Simpliciano, não está alheia a Faculdade Teológica da Itália Setentrional que se abre para ela. Dizem que houve pressões clericais para que se mudasse o nome daquele logradouro. Sentiam que era embaraçoso, mais para certos meios católicos que para as autoridades laicas.

Este acontecimento milanês não é senão uma confirmação, entre tantas, de um fato desconcertante: depois de dois séculos de propaganda incessante, a "legenda negra" construída pelos iluministas como arma da guerra psicológica contra a Igreja Romana, terminou por instilar um "problema de consciência" na intelligentsia católica, além do imaginário popular.

Foi, na realidade, no século dezoito europeu que, completando a obra da Reforma, se firmou o rosário, tornado canônico, das "infâmias romanas". No que diz respeito às Cruzadas, a propaganda anticatólica chegou até a inventar o nome, como o termo "Idade Média", excogitado pela historiografia "iluminista". Os que há novecentos anos tomaram de assalto Jerusalém considerariam estúpidos os que lhes tivessem dito que davam cumprimento àquilo que seria chamado de "primeira Cruzada". Para eles, era iter, peregrinatio, succursus, passagium .

Os "panfletários", em suma, inventam um nome e constróem em torno uma "legenda negra". Não é só isso: será essa mesma propaganda européia que "revelará" ao mundo muçulmano o ter sido ele o "agredido". No Ocidente, a obscura invenção "cruzada" terminou por impregnar com sentimento de culpa certos homens da própria Igreja, ignorantes de como as coisas ocorreram.

Quem foi o agredido e quem é o agressor?

Quando em 638 o califa Omar conquista Jerusalém, esta era, há mais de três séculos, cristã. Pouco depois, sequazes do Profeta invadem e destróem as gloriosas igrejas, primeiro do Egito e, depois, de todo o norte da África, levando à extinção do cristianismo em lugares que tinham tido bispos como santo Agostinho.

Depois foi a vez da Espanha, da Sicília, da Grécia, daquela que será chamada Turquia e onde as comunidades fundadas pelo próprio São Paulo tornaram-se montes de ruínas. Em 1453, depois de sete séculos de assalto, capitula e é islamizada a própria Constantinopla, a segunda Roma. O rolo islâmico atinge os Bálcãs, e, como por milagre, é detido e obrigado a retirar-se das portas de Viena.

Entretanto, até o século XIX, todo o Mediterrâneo e todas as costas dos países cristãos que ficam em face, são "reservas" de carne humana: navios e países serão assaltados por incursões islâmicas, que retornam às covas magrebinas cheios de butins, de mulheres e jovens para os prazeres sexuais dos ricos e de escravos obrigados a morrerem de cansaço ou para serem resgatados a preços altíssimos pelos Mercedários e Trinitários. Execre-se, com justiça, o massacre de Jerusalém em 1099, mas não se esqueçam de Maomé II, em 1480, em Otranto, simples exemplo de um cortejo sanguinolento de sofrimentos.

Ainda hoje: quais países muçulmanos reconhecem aos outros que não aos seus, os direitos civis ou a liberdade de culto? Quem se indigna com o genocídio dos armênios, ontem e dos sudaneses cristãos, hoje? O mundo, segundo os devotos do Corão, não está ainda agora dividido em "território do Islam" e "território de guerra", todos os lugares, ainda não muçulmanos, mas que devem se tornar tais, por bem ou por mal? Não é esta a ideologia subentendida por muitos na imigração maciça rumo à Europa?

Uma simples revisão da história, mesmo nas suas linhas gerais, confirma uma verdade evidente: uma Cristandade em contínua posição de defesa em relação a uma agressão muçulmana, desde o começo até hoje (na África, por exemplo, está em curso uma ofensiva sanguinolenta para islamizar as etnias que os sacrifícios heróicos de gerações de missionários tinham levado ao batismo). Admitido que alguém, na história, devesse pedir desculpa a outro, deveriam ser os católicos a pedir perdão por um ato de autodefesa, pela tentativa de ter pelo menos aberto o caminho da peregrinação aos lugares de Jesus, como foi o ciclo das cruzadas?


Frente Universitária Lepanto - http://www.lepanto.com.br/

terça-feira, 15 de junho de 2010

Namoro: Tempo de cultivar o amor

Muito ouvimos falar de namoro, das relações afetivas entre homem e mulher, de encontrar um grande amor. Essa relação é fonte de alegrias, bem estar e pode ser também o caminho para a felicidade. Contudo, vemos também nos dias de hoje tantos relacionamentos fracassados, o número de divórcios cresce a cada dia, pessoas frustradas, feridas e magoadas com relacionamentos afetivos. Hoje as pessoas trocam de parceiros(as) muitas vezes e de forma rápida e não conseguem encontrar o que almejam, não conseguem serem felizes de fato. Será porque isso está acontecendo?
A causa desse fato está na forma como os relacionamentos estão sendo estruturados. Antes de abordamos esse ponto, é bom fazermos uma reflexão dos porquês do relacionamento entre homem e mulher. Apresento quatro pontos de vista, biológico, psicológico, social e religioso. Todos os quatro sustentam duas idéias principais: Ajuda mútua e geração e educação dos filhos.
O ponto de vista biológico esse aspectos são bem claro. Graças ao estabelecimento do casal monogâmico a espécie humana pode se desenvolver. Além da ajuda na obtenção de recursos para sobrevivência e maior proteção, a monogamia é essencial para o cuidado com os filhotes. Na espécie humana, assim como em outros animais, os filhotes são muito indefesos no início da vida e demoram muito tempo até conseguirem independência completa dos pais. Por isso é essencial que pai e mãe estejam juntos para criar os filhos, pois só um não teria sucesso. Pensem, como uma mulher com um filho pequeno poderia se defender de predadores, de outros humanos e conseguir alimento para si e seu filho? Daí a união do casal permitiu a nossa espécie ter maior sucesso reprodutivo.
O ponto de vista psicológico nós coloca que na relação entre os gêneros (homem e mulher) é muito benéfica. É inegável que homem e mulher são diferentes de diversos modos, na maneira de pensar, de encarar as situações, nas habilidades psíquicas, físicas, afetivas e sociais, etc.. Devido a isso o relacionamento entre homem e mulher permite que um se beneficie das características do outro gênero e permite ainda que a pessoa desenvolva, em menor grau, as características e habilidades do sexo oposto, sendo isso muito bom para a psique humana. A psicóloga Christiane Blank, em seu livro “Para o amor dar certo” coloca que os gêneros se complementam e que os relacionamentos necessitam das características masculinas e femininas. Na formação dos filhos, a figura materna e paterna e o relacionamento existente entre elas têm grande influência na formação da personalidade e das relações afetivas e sociais do ser humano.
Do ponto de vista social é bem claro, a união do casal é tida como fundamental para a constituição da família e essa, por sua vez, é a base de toda sociedade. Uma sociedade livre de mazelas sociais depende de famílias bem estruturadas, onde o ser humano pode aprender a viver em sociedade, pois é onde lhe são transmitidos regras de conduta e valores essenciais para se viver bem em uma sociedade.
Do ponto de vista religioso, Deus coloca homem e mulher juntos para que eles fossem um para o outro uma ajuda adequada (Gn 2, 18), ou seja, a mulher é a ajuda adequada, certa, para o homem assim como ele também o é para a mulher. Ajuda para que? Para viver, enfrentar as dificuldades, construir juntos um futuro em comum, contribuir para o bem da sociedade, gerar e educar novos seres humanos, ou seja, os filhos. Ao dizer que homem e mulher serão uma só carne ao se unirem em matrimônio Deus desejou que entre o casal humano houvesse uma união pelo amor semelhante ao que Ele vive na Trindade Santa. Assim como o amor une as três pessoas da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, em um só Deus, o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher também os unirão em uma só alma, uma só essência. Na criação dos filhos, Deus desejou que o ser humano tivesse um lugar para crescer e se desenvolver plenamente e não haveria lugar melhor do que uma família, um lar formado pela união do homem e da mulher pelo amor.
Podemos entender agora que a vocação natural do ser humano é o matrimônio. Porém, alguns são chamados a outras vocações. São chamados a atuar na sociedade de tal forma que não permite a constituição de uma família. É o caso dos sacerdotes, religiosos e religiosas consagrados(as) que dedicam suas vidas a servir a Igreja, a ajudar o próximo em uma vida de inteira doação. Outro exemplo são de pessoas que se dedicam a causas ou profissões que exigem muita dedicação, como missionários que levam ajuda humanitária pelo mundo.
Depois de entendemos esses aspectos podemos voltar à pergunta inicial: Porque tantas pessoas fracassam nos relacionamentos? Porque tantos divórcios, separações, brigas, crimes passionais, lares destruídos, aumento no número de jovens suicidas, viciados em drogas, envolvidos em crimes e violência? Tudo isso tem suas causas em relacionamentos doentes que arrastaram para famílias doentes. Bons relacionamentos dependem de boas escolhas, não existe “sorte no amor” como se diz por ai. Amor é escolha, amor é cultivado, como trataremos adiante. Colhemos em nossos relacionamentos aquilo que plantamos, já diz o ditado popular que quem planta vento colhe tempestade e é exatamente isso que está acontecendo com os relacionamentos hoje em dia. Mas como fazer as melhores escolhas? É preciso de sabedoria. Sabedoria não é conhecimento técnico das coisas, sabedoria é um dom de Deus, que nos leva a discernir entre as coisas, aquilo que nós fará bem, daquilo que nós fará mal. Por isso não é fácil fazer esse discernimento sozinhos, precisamos de Deus. Precisamos ter humildade para assumir que não sabemos tudo, ou melhor, que nada sabemos sobre o que é melhor pra gente e nos colocarmos diante da Vontade de Deus. Como podemos pensar que sabemos mais do que Deus o que é melhor, o que faz bem? Seria muito orgulho e audácia de nossa parte. Saber ouvir a Deus é fundamental. Para isso é necessário constante oração, reflexão sobre sua palavra, abrir o coração para ouvir aqueles a quem Deus escolheu e inspira para orientar seus filhos, como os pais, professores comprometidos com a verdade, a Igreja. As pessoas hoje vão contra o que a Igreja fala porque não a conhecem, não buscam entender o porquê de seus ensinamentos. Quando deixamos a posição de ataque para buscar entender de forma desarmada, vemos que tudo que a Igreja prega tem fundamentos coerentes e é o caminho melhor. Quando a Igreja defende a família, por exemplo, ela está errada? Sabemos que as mazelas sociais têm origem em lares mal estruturados, pessoas formadas sem valores, sem amor ao próximo, sem conduta ética e moral. Quem nega isso é cego ou quer se fazer de cego por conveniência. Varias ciências humanas nos confirmam isso. Buscar a sabedoria implica em ter humildade e abrir a mente e o coração.
Voltado agora ao tema inicial desse texto, temos então o namoro como o início dessa relação homem/mulher, relação onde o sucesso ou fracasso dependerá das escolhas tomadas já no namoro. O namoro é o período em que o casal começa a se conhecer, por isso ele é um tempo principalmente de conhecimento do outro e de si mesmo. De si mesmo, pois, nos descobrimos através da visão do outro, de alguém de fora de nós. Essas descobertas nos impelem a realizar mudanças em nossas atitudes quando enxergamos melhor nossos defeitos, nos impelem a crescer e amadurecer. Por isso, o tempo do namoro deve ser marcado por um amadurecimento da pessoa e do casal, deve se procurar aparar as arestas, retirar os espinhos que impedem o casal de se unir verdadeiramente. O namoro também, por ser o início do relacionamento entre o casal, é tempo de planejar juntos objetivos e sonhos, uma vida a dois.
Para se escolher bem e com isso garantir um bom relacionamento é necessário, entes de tudo, escolher o amor. Que amor é esse? É o amor ao qual Cristo nos deixou como Seu mandamento: Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amo. Ninguém possui maior amor do que aquele que dá a vida pelo próximo (Jo 15, 12-13). Infelizmente a verdade é que os relacionamentos entre casal de hoje não tem amor. É duro ouvir isso, mas é a pura verdade. Dar a vida é se doar ao outro, é colocar o bem do outro antes de seus interesses, antes de sua satisfação pessoal. O mundo nos ensina o contrário: temos que buscar nossa própria felicidade e satisfação a qualquer custo, mesmo que para isso a gente use as pessoas e descarte-as quando nos tiverem atrapalhando. Isso está marcando os relacionamentos, a ideologia consumista. A ideologia consumista faz com que queiramos estar com o outro para obtemos um benefício próprio, como prazer, diversão, algum tipo de status, suprimento de carência afetiva, conveniência, satisfação do ego, interesse financeiro. Segunda essa ideologia, tão impregnada em nossas vidas, o objetivo é ser feliz e não fazer o outro feliz e ser feliz somente junto com o outro. Ai está porque não somos felizes, ninguém é feliz se não age para fazer o outro feliz, ninguém é feliz sozinho. Ao terminar de lavar os pés dos apóstolos, Jesus nos ensina que se Ele que era Senhor e Mestre lavou os pés dos apóstolos, ou seja, se doou, serviu, agiu pelo bem dos outros, assim também nós deveríamos fazer isso para sermos felizes (Ver Jo 13, 12-17). Devemos protestar contra toda e qualquer ideologia consumista que não vá ao sentido do amor verdadeiro nos relacionamentos, devemos buscar a felicidade fazendo o bem aos outros, se doando pela felicidade dos outros. Não podemos deixar que essa e tantas outras ideologias destruam nossos relacionamentos, nossas famílias e nossa sociedade.
Como cultivar o verdadeiro amor? Há uma passagem em I Coríntios 13, 4-6 que contêm as características do amor: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja, não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” Vamos dissecar essa passagem passo a passo.
O amor é paciente, o amor é bondoso” – Isso quer dizer que se queremos amar de fato temos que cultivar a paciência, tolerância e compreensão a piedade. Relacionamos-nos com pessoas com histórias diferentes, que pensam, agem e vêem o mundo diferente de nós. Ser paciente e tolerante é entender que cada ser humano tem suas características próprias, suas qualidades e defeitos. Essas características foram construídas ao longo de uma história, marcada por conquistas e derrotas, alegrias e traumas. Ninguém tem defeitos porque gosta disso. Temos que aceitar o outro como ele é e ser pacientes com seus defeitos. Temos que ser compreensivos e ter piedade ou invés de julgar, condenar, exigir. Piedade não é dó. A dó é um sentimento vazio que não nos leva a ajudar o próximo. A piedade ou misericórdia vem do amor e que ama ajuda, é solidário, quer o bem e o progresso do outro, por isso vai agir para contribuir para isso.
O amor não tem inveja, não é orgulhoso, não é arrogante, nem escandaloso; Não busca os próprios interesses” – Não buscar os próprios interesses está bem claro, isso implica saber ceder. Vejamos que a palavra é saber ceder, não é ceder de qualquer jeito. Há situações que não podemos ceder, pois isso implicaria em conseqüências negativas, mas outras situações podemos e devemos ceder, pois não são essenciais. Quem não sabe ceder, é arrogante, se julga sempre certo e melhor que o outro, não é humilde para reconhecer seus erros, para ver que o outro tem razão, é orgulhoso e não ama. Quem tem inveja também não ama. Inveja é quando não ficamos felizes pelo sucesso e conquistas do outro, porque nós não tivemos aquele sucesso. Quem não fica feliz pelo outro, falta com amor. Alguém escandaloso é quem se irrita, grita, faz chantagem emocional, quando suas vontades não são satisfeitas, se comporta como criança mimada que dá birra, esperneia e emburra.
O amor não se irrita” – Quando se é paciente e misericordioso não há porque se irritar. Quando buscamos o bem comum e não os próprios interesses e opiniões também não nos irritamos. A irritação é quando sentimos nossos desejos e vontades, quando não são caprichos, frustrados. O amor busca o diálogo, ou seja, o encontro de pensamentos em busca do que seja melhor para ambos. Quem discute falta com amor e acaba com o relacionamento. O diálogo busca o bem comum, para isso muitas vezes é importante deixar de lado interesses pessoais. Nisso já vemos outras características do amor:
"O amor não guarda rancor e tudo desculpa" – Isso significa que amar é não guardar mágoas, ressentimentos, é perdoar, relevar. Não quer dizer que devemos deixar as pessoas pisar na gente, usar a gente. Quer dizer que não devemos ter raiva, ódio. Se alguém te faz um mal, perdoe. Se esse pessoa continua a te fazer mal afaste-se até que ela veja que o que ela faz é ruim, errado. Mas, não cultive magoas, não deixe de amar essa pessoa. Somente o amor verdadeiro pode mudar o coração de alguém. Desistir dessa pessoa significa não amá-la e você não a ajuda em nada. Quando Deus quer que homem e mulher sejam um para o outro ajuda adequada é para que ajudemos em tudo, mesmo que essa ajuda custe sacrifícios, certo sofrimento. Dificuldades, sofrimentos, não são sinônimos de infelicidade. Falta de amor sim. Popularmente se diz que quem ama perdoa. E é claro que perdoa, se não perdoa é porque coloca o ego acima do amor, por isso mata o amor. A falta de perdão mata, sufoca, extingue qualquer relacionamento, seja entre de casal ou não.
"O amor não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade" – Quem ama pratica a justiça, ou seja, não trai, não mente, não finge, não arma ciladas, não tenta tirar vantagem. Relacionamento que não é pautado na verdade não existe. Não tem como se relacionar com quem não é autêntico, sincero, que tem fingimentos, segundas intenções, com alguém que não é fiel. Isso porque se não demos a conhecer como somos, o relacionamento rui. Muitos homens e mulheres dizem que não conheciam a pessoa com quem se casaram. Isso porque no namoro não se foi o que se é, não buscou-se que o namoro fosse um tempo de conhecer. Conhecer o caráter, os valores, a personalidade, a família do outro. Ninguém muda de repente e ninguém consegue fingir o tempo todo. Temos que ficar atentos a isso. Buscar conhecer o outro é também ver ser ele está agindo segundo a verdade. A falsidade não permite o verdadeiro relacionamento. A infidelidade também não. Quem é infiel atenta gravemente contra o amor. Infidelidade não é só traição conjugal, mas é trair a confiança do outro, seus segredos, expor a pessoa, brincar com suas fragilidades. O mundo hoje trata a infidelidade conjugal como algo divertido, engraçado, aprovável. Mas alguém quer ser traído? Quem se sente bem sendo traído? Se não queremos isso pra gente não podemos ver esse fato com certa “aprovação”. Temos que repudiar isso, nos opor também as idéias que a mídia coloca sobre isso em tantas novelas, filmes, etc.. É graças a infidelidade que tantos lares são destruídos, pessoas são mortas, seja fisicamente ou suas almas. Ser intolerante com a infidelidade não quer dizer ser intolerante com quem erra. Devemos ter compaixão de quem erra, mas não admitir que o erro seja visto como algo normal, natural, aceitável.
"O amor tudo crê" – O amor confia, não tem ressalvas. Desconfiança e ciúme significam insegurança, é falta de amor e mata qualquer relacionamento. Porém, confiança não nasce de repente, ela é conquistada dia a dia, mas pode ser perdida rapidamente se a pessoa trair a confiança nela depositada.
"O amor tudo espera" – O amor não é ansioso, sabe esperar, sabe que cada pessoa tem seu tempo, de assumir compromissos, responsabilidades, tomar decisões. O amor sabe que cada fase tem suas características próprias, por isso não tenta adiantar as coisas, queimar etapas. Quem ama verdadeiramente sabe que um relacionamento não nasce pronto. Assim como cultivamos uma planta, devemos cultivar o amor. Há o tempo de preparar o terreno, lançar a semente, ver a pequena planta lançar seus primeiros brotos, suas raízes, ver ela ir crescendo aos poucos, tudo com paciência. Espera a época certa de dar os frutos e colhe-los. Quando estamos preocupados em uma satisfação e felicidade rápida instantânea, sem espera, típica do nosso mundo acelerado, exigimos do relacionamento ou do outro aquilo que ele não está pronto para dar, queremos frutos fora da época e todo fruto verde ou é azedo ou amargo. Esse é o gosto que fica no final. Mas quem sabe esperar, fica com o sabor doce na boca e um doce duradouro quem não acaba. Muitas pessoas casam rápido, sem amadurecer no namoro. Por isso amargam um divórcio. Outros querem viver já no namoro aquilo que é típico do casamento, como os compromissos, dedicação, exigências, a vida sexual, por isso o relacionamento azeda. A sexualidade humana é diferente de relação sexual. A sexualidade é toda uma dimensão do ser humano que começamos a viver desde a infância. Viver bem a sexualidade é saber direcioná-la para nosso bem e bem das outras pessoas, é saber respeitar o outro e não usá-lo para satisfação pessoal. Mesmo sem a ter relações sexuais, vivemos nossa sexualidade no carinho, afeto, atenção, dedicação, apoio, amor. Um casal que tem relações sexuais mais sem cultivar essas características cai no genitalismo banal, que pode trazer prazer momentâneo, mas não fazem bem, deixam gosto amargo, destrói o relacionamento. Abordaremos a sexualidade humana com mais detalhes em breve no encontro sobre o sexto mandamento (que terá um texto nesse blog também). Por hora é preciso compreender que, também na sexualidade, cada fase da vida e do relacionamento tem suas características próprias e momentos adequados que devem ser respeitados para não colhermos frustração.
"O amor tudo suporta" – O amor, cultivado com todos os requisitos expostos aqui, suporta a tudo, todas as dificuldades. Há várias dificuldades já no namoro, como as diferenças entre as pessoas, os conflitos de idéias, os defeitos, a família e amigos do outro, os planos e objetivos individuais, em alguns casos a distância. Todas essas questões podem se interpor entre o casal, mas o casal que vive e cultiva o amor de verdade sabe vencer as dificuldade. E isso não é utopia, é fato. Duvidam? Tirem a prova, vivam o amor com todos esse requisitos e vejam por vocês mesmos se a superação das dificuldades não é uma verdade.
A passagem de Coríntios continua assim: O amor jamais acabará. Amor não acaba, nós é que não sabemos amar. Casamento que acaba, namoro que acaba, amizade que acaba é porque nunca houve amor. Pode ter existido, companheirismo, paixão, dependência afetiva, mas não amor. Paixão acaba, amor não. Por isso amem de verdade se querem relacionamentos saudáveis e duradouros, se quiserem ser verdadeiramente felizes.


Mariana Prado Borges