Grupo de Jovens Ágape

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Para o Grupo de Jovens Ágape aprender a viver uma vida em comunidade à luz dos valores cristãos, constituindo a unidade e comunhão entre o grupo é o nosso maior propósito...afinal somos mais que participantes do mesmo grupo ou simplesmente amigos... o nosso valor principal é fazer parte de uma família...a família Ágape.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O aborto como "ajuda humanitária"


Na postagem anterior eu mostrei como os defensores do aborto utilizam da idéia de um "direito ao corpo" como um argumento para a defesa da liberalização do aborto. O que eles não veem, ou não querem ver, é que não só o aborto é condenável, mas a sua liberalização também, pois os direitos às liberdades individuais não devem nunca se sobrepôr aos direitos dos outros (ou seja, dos nascituros) à vida. Esse é um dos princípios básicos da democracia ocidental. Mas outro argumento que utilizam é a da ajuda humanitária a mães e famílias necessitadas. Quero falar hoje sobre essa falácia que impregna tanto nossa mente em nossos tempos.

É claro que pessoas carentes, materialmente, necessitam ser ajudadas. Um dos princípios fundamentais da Doutrina Social da Igreja é o princípio da subsidiariedade, que consiste em promover uma base de apoio de desenvolvimento autônomo para pessoas que carecem de meios para iniciar por si próprias esse desenvolvimento. Ou seja, a subsidiariedade não é simples doação de bens, mas efetivação de condições materiais e espirituais para que pessoas e famílias pobres possam se desenvolver por si mesmas. Incluem programas de todos os tipos: educacionais, de saúde, de inserção social, etc.

No entanto, a defesa do aborto como ajuda humanitária peca não somente pelo ato em si, mas também por esconder o que podemos chamar de "preguiça social". Todos conhecemos o ditado: é melhor ensinar a pescar do que dar o peixe todos os dias. Pois, essa preguiça social diz que é melhor acabar com a família do pescador para que não tenhamos que alimentá-lo tanto!... O ideal na busca pela solução da questão social não é tirar a vida daqueles que, presumivelmente, deixam-na mais difícil, embora contribuam para a beleza da vida, mas encarar o problema com coragem e atacar suas raízes.

No entanto, muitos preferem fazer uma escolha: ou alimentar a beleza da vida com a beleza única de cada ser humano ou tentar solucionar os problemas sociais. Não conseguem admitir que têm de escolher os dois! Não abrir mão de nenhum ser humano e não abrir mão da solução dos problemas. Dizem que é impossível, e isso ou é preguiça ou é uma falta enorme de esperança no ser humano que denuncia seu humanismo como verdadeiro anti-humanismo.

Está em voga hoje o Neomalthusianismo, idéia social que defende a esterilização coletiva das pessoas pobres como remédio para a pobreza. Eu sei que é mais complexo do que isso, mas o princípio é esse mesmo. No entanto, essa idéia, nascida no seio dos países ricos como justificativa para as disparidades econômicas no mundo, é uma tentativa de lavar as mãos daqueles que se sentem constrangidos por suas consciências a sair de sua zona de conforto e luxo para ajudar aqueles que não tem condições atuais de se promoverem. No entanto, vem a pergunta: o problema é a pobreza ou são os pobres? Para os neomalthusianos, são os pobres.

Está mais do que provado que a questão social não vai ser resolvida com a morte generalizada dos nascituros e com esterilização das pessoas, num cenário que mais lembra distopias em que o ser humano considera seus próprios filhos como problemas, e não como riqueza. Os problemas sociais vão ser resolvidos com trabalho. Não existe outro caminho para a melhoria das condições de vida de cada um e de todos. Os dois únicos princípios são: auto-iniciativa e subsidiariedade. Mas muitos pensam que é deveras difícil, e preferem destruir vidas do que plantá-las para um futuro melhor.


Ney César.

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