Grupo de Jovens Ágape

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Para o Grupo de Jovens Ágape aprender a viver uma vida em comunidade à luz dos valores cristãos, constituindo a unidade e comunhão entre o grupo é o nosso maior propósito...afinal somos mais que participantes do mesmo grupo ou simplesmente amigos... o nosso valor principal é fazer parte de uma família...a família Ágape.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A violência e os cristãos

Há algum tempo, vimos a notícia do assassinato de um travesti, ocorrido na Paraíba, por um grupo de jovens. E volta à tona a questão do preconceito e da violência contra os homossexuais. E nós, cristãos, qual a posição que assumimos nessa conjuntura de violência e banalização do crime?

Em primeiro lugar, devemos deixar claro que repudiamos veementemente a violência. Nós não estamos de acordo com qualquer tipo de atentado, físico ou moral, seja por que motivo for: ideológico, religioso ou simplesmente por maldade. Todas as pessoas, estejam em que estado estiverem, devem ser respeitadas, pois são seres humanos. Não estou falando somente dos homossexuais, mas de todos, principalmente dos que são mais discriminados. Devemos nos lembrar das palavras do Senhor que disse que quando fazemos o bem a esses pequeninos, é a Ele que o fazemos, e quando lhes fazemos mal, é a Ele mesmo que estamos maltratando e matando.

Isso é importante frisar, pois mais e mais as discussões giram em volta da palavra preconceito. Porém, estão misturadas nessa palavra muitas noções que precisam ser esclarecidas, e que não são compatíveis com o que seja violência, que é o verdadeiro critério para distinguir o preconceito. Pois o crime é este: a violência, que fere não apenas as vítimas sociais, mas todos nós. Todo tipo de violência deve ser execrado e combatido.

No entanto, existe uma distinção profunda entre violência e verdade. Como disse, nós cristãos não aceitamos nenhum tipo de atentado contra o outro. Mas não podemos deixar também de denunciar comportamentos morais que, apesar de não parecer, estão profundamente relacionados com o crescimento da violência. Nós sabemos que a causa de toda violência é a ausência de Deus. Nossa sociedade secularizada procura apenas causas sociais e racionais para as nossas mazelas, mas nenhuma dessas explicações sozinhas resolveu os problemas. Porém, nós sabemos que as causas são, antes de tudo, morais e éticas, e nós, como profetas consagrados no nosso batismo, não podemos nos furtar de apontar para as verdadeiras soluções dos problemas sociais.

Não podemos deixar de denunciar que as práticas sexuais desenfreadas são uma das causas desse males. Porque quando começamos a pensar que não há regras na vida, seja em qualquer campo humano, então tudo começa a perder o seu valor, inclusive o outro. Começa a vigorar a lei do meu querer, e o outro passa a ser relativo a esse valor absoluto do eu. O que aconteceu na Paraíba demonstra isso: os jovens, horas antes, tinham contratado o serviço do travesti, e assassinaram-no porque acharam que ele os tinha roubado. Todos os envolvidos tiveram culpa, pois feriram princípios humanos básicos, como o respeito ao próprio corpo, à propriedade alheia, à vida do outro. Tudo contra os mandamentos de Deus.

A palavra chave aqui é respeito. E respeito não significa calar quanto ao que está errado em nome de um suposto preconceito, pois este deve ser visto em relação à violência, não em relação à aceitação de práticas que são em si mesmas violentas. Pois podemos cometer violência contra nós mesmos, e, sendo o liberalismo sexual uma violência também, devemos denunciá-la, pois, como disse, somos contra todo tipo de violência. Não se trata de condenar os homossexuais, mas sim de defendê-los, em sua dignidade e humanidade, contra o que pode destruir a vida de todo ser humano.

Por Ney César

Grupo de Jovens Ágape

De volta ao primeiro amor

Um comentário:

  1. Ressalto apenas que as orientação da Igreja a esse respeito está contida no Catecismo da Igreja Católica(CIC)par.2357-59 que transcrevo abaixo:

    CASTIDADE E HOMOSSEXUALIDADE

    §2357 A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres que sentem atração sexual exclusiva ou predominante por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis através dos séculos e das culturas. Sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19, 1-29; Rm 1, 24-27; 1Cor 6, 9-10; 1Tm 1,10) a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva sexual. Em caso algum podem ser aprovados.

    §2358 Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação objetivamente desordenada constitui, para a maioria, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus em sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa de sua condição.

    §2359 As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.

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